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#editorial

Abatida pela pandemia,

economia precisa se reinventar

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A economia rege nossas vidas e escolhas, disso sabemos. Os governos federal, estaduais e municipais influenciam o rumo dos negócios por meio do direcionamento e das ações que tomam. Disputas ideológicas e políticas fizeram com que em nosso País não houvesse sintonia nas medidas adotadas pelas diferentes esferas governamentais no enfrentamento da pandemia do coronavírus, acarretando impactos extremamente negativos no controle da doença e, consequentemente, na economia nacional.


Quem imaginaria, lá no começo de 2020, que um vírus explodiria e atingiria mais de 10 milhões de pessoas pelo mundo? Parece roteiro de filme de terror ou de ficção científica, mas não, isso é uma realidade e sim, ela atingiu também o Brasil e acertou em cheio a nossa região.


Logo surgiram acirrados debates sobre a dicotomia saúde x economia, centro das discussões em torno de todas as políticas ligadas ao coronavírus. Se na primeira edição desse especial #viralquarentena focamos nas questões mais ligadas à saúde, agora que a epidemia caminha para o seu pico, voltamos o interesse jornalístico para os seus reflexos na economia da região.


Desde o início da interrupção das atividades comerciais não essenciais em 16 de março, o momento da reabertura da economia passou a ser a grande preocupação de todos.

 

Pressionados de um lado por defensores de uma quarentena mais longa para evitar a saturação da rede de atendimento à saúde e, por outro, por comerciantes e empresários ansiosos por retomarem seus empreendimentos - divisão acentuada pelo negacionismo do presidente da República a respeito da gravidade da doença – prefeitos e governadores tomaram medidas mais radicais ou extremamente brandas ao sabor das conveniências locais.


Nesse período conturbado, alguns segmentos econômicos reinventaram-se, tentando se adequar à nova realidade. E os que não tiveram opção, como seguiram adiante? A edição de economia da Viral procura trazer um panorama dos reflexos econômicos da pandemia em nossa região em diversos setores, como o hoteleiro, cinematográfico, games e de alimentação. Revela ainda experiências criativas de  pequenos e médios empreendedores, mostrando como os envolvidos nessas áreas estão reagindo à crise. A equipe da revista Viral também foi atrás do posicionamento da Prefeitura de Santos, apresentando as estratégias aplicadas pela Secretaria Municipal de Finanças para mitigar os impactos provocados pela paralisação das atividades comerciais. 


Os estudantes do quarto ano de Jornalismo tiveram os alunos do primeiro ano como parceiros nessa empreitada. É deles a longa entrevista com o economista José Pascoal Vaz, que aponta o acirramento da desigualdade social como um dos mais perigosos efeitos colaterais da pandemia. 

por Caio Bibiano e Larissa Ribeiro

 

Boa leitura!

#finanças públicas

De olho nos números

Santos luta para que ações de enfrentamento ao coronavírus não aumentem o endividamento do município

Santos é a capital da região metropolitana da Baixada Santista, sede do maior porto da América Latina e ainda detém o título de uma das melhores cidades do mundo para se viver, reconhecimento amparado nos bons índices de desenvolvimento humano, medida que considera a expectativa de vida, educação e padrão de renda dos cidadãos.  Essa mesma cidade que apostou alto na sua frustrada transformação econômica a reboque do pré-sal, trava agora uma luta diária para manter equilíbrio em suas finanças, imersa nos embaraços às atividades comerciais decorrentes da pandemia.

Franco sabe que os reflexos ainda estão por vir e acredita que entre os tributos de maior arrecadação da Prefeitura de Santos, o ISS e o ICMS - que são ligados à atividade econômica – sofrerão perda significativa de arrecadação, especialmente no segundo trimestre deste ano.

 

Para colaborar com os contribuintes na recuperação de suas atividades empresariais e profissionais, a Prefeitura tomou algumas medidas de curto prazo, tais como, a suspensão dos protestos judiciais de débitos tributários por 90 dias; suspensão dos prazos de defesas tributárias em processos administrativos; e a prorrogação do prazo de validade de certidões negativas de tributos municipais e do pagamento do Regime Simples para empresas de pequeno porte, microempresas e microempreendedores . 


O professor e economista Jorge Manuel de Souza Ferreira concorda com as medidas adotadas até agora pela administração municipal para enfrentar os efeitos econômicos do coronavírus. Mesmo com os reforços dos governos federal e estadual, as chamadas verbas adicionais, Ferreira considera que serão insuficientes diante da queda nas receitas devido à interrupção das atividades, o aumento do desemprego, a redução de salários, além das transferências constitucionais (IPI, ICMS, Fundo de Participação, etc) , que despencaram proporcionalmente. 
    

Outra alternativa que vem sendo cogitada para ajudar a população no enfrentamento da crise, o congelamento de tarifas, é avaliada positivamente pelo economista. “Pode ser insuficiente para algumas pessoas, mas beneficiará muitas outras. Na atual situação, toda redução será bem-vinda”, diz. 

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De olho nos números, o secretário municipal de Finanças, Maurício Franco, procura manter o otimismo, mas reconhece que não será uma tarefa fácil, embora enfatize que a situação financeira do município estava estabilizada no início do ano. “Até a data de declaração da pandemia pela Organização Mundial de Saúde (11/03) esse equilíbrio se estendia aos endividamentos de curto e longo prazos, prevendo-se um final de exercício de 2020 com os principais indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal preservados. Ou seja, uma condição de saúde financeira satisfatória, compatível com a de boa parte dos municípios brasileiros”. Mas aí surgiram os primeiros casos da doença, o distanciamento social, e praticamente todas as atividades do comércio, dos serviços e também os eventos culturais foram paralisados. Com menos pulso econômico nas ruas. o reflexo na arrecadação foi imediato. 

​Combate à Covid-19


O combate à covid-19 deverá consumir mais de 81 milhões de reais dos cofres municipais, sendo que 20 milhões já foram pagos, segundo o secretário de Finanças. 

 

A Secretaria de Finanças de Santos informou que o pagamento das despesas do Município de Santos da Saúde, relativas à covid-19, estão regularmente empenhadas e na medida que forem sendo executadas pelos setores competentes, serão liquidadas e pagas, de acordo com a ordem cronológica, nos termos da Lei Geral de Licitações.

 

Cabe esclarecer que as referidas despesas são consideradas de curto prazo, sendo realizadas no próprio exercício, não tendo impacto no endividamento do Município, que são gastos de longo prazo, alcançando mais do que um ano fiscal, nos termos da Lei Federal 4320/1964, que dispõe sobre contabilidade pública.

 

Com a ajuda dos deputados da região, o município busca frequentemente os repasses estaduais e federais para o enfrentamento da pandemia, principalmente para a abertura e manutenção de novos leitos hospitalares. 


O Governo do Estado já liberou 19 milhões de reais para custeio do hospital de campanha Vitória, que agora conta com 130 leitos. Também estão sendo esperados 4,5 milhões de reais por parte do governo federal após a habilitação dos leitos pelo Ministério da Saúde.

 

Apesar da elevação expressiva do investimento público, uma coisa que o secretário de Finanças não deseja é o endividamento do município. Por isso, pelo menos por agora, a Prefeitura não planeja realizar operações de crédito para fazer frente às novas despesas e torce para que a flexibilização das atividades de comércio e serviços consiga, aos poucos, restabelecer as contas públicas.

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#shows

Entre graves e agudos,

surge uma nova batida 

#empreendedorismo

O contágio

dos games 

#entrevista

“Ou o governo libera dinheiro para que as pessoas sobrevivam ou é provável que muitas partam para a violência”, diz economista

José Pascoal Vaz calcula que cerca de 70 milhões de pessoas serão atingidas pelas consequências econômicas da Covid-19
 

O risco de convulsão social é apontado pelo economista José Pascoal Vaz como uma possibilidade real caso não seja garantida a subsistência das pessoas mais afetadas com a interrupção das atividades econômicas não essenciais durante o período da pandemia da Covid-19. 

Ex- secretário de Economia e Finanças de Santos no período 1993-1995, ex-professor do curso de Economia da Universidade Católica de Santos (Unisantos) e com doutorado em História Econômica pela USP, Pascoal tem se dedicado atualmente a pesquisar o agravamento da desigualdade social no Brasil

“A retomada econômica poderá ser rápida porque temos mão de obra e muita capacidade ociosa”

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“Na volta às aulas presenciais, ensino remoto 
continuará sendo adotado na Unisanta

#educação

Pró-reitor Marcelo Teixeira considera que as ferramentas de educação a distância foram bem assimiladas por todos    

Desde que as aulas foram interrompidas em 16 de março, o contato entre professores e alunos da Universidade Santa Cecília (Unisanta) tem sido feito pelas redes sociais, emails, por aplicativos de reuniões a distância e pelas páginas da universidade na internet. Até o final de junho, continuará sendo assim a dinâmica das aulas, tendo a tela do computador como espaço de diálogo entre o professor e o estudante.  

"Pelo nosso complexo educacional passam  mais de dez mil pessoas por dia. Como instituição que preza pela segurança, pela qualidade, pela excelência das suas atividades, estamos planejando o retorno seguro das aulas"

Sobre esse período de aulas em isolamento social, o pró-reitor avalia de forma positiva as ferramentas utilizadas no ensino remoto, revelando a intenção de continuar seu uso após o retorno das aulas presenciais.“Como houve uma adaptação muito boa dos professores, igualmente dos alunos, será uma ferramenta utilizada para os demais semestres. Todo mundo se reinventará!”  

Ressaltou que o investimento em 100 polos de Ensino a Distância (EAD) nos últimos anos permitiu que o Santa Cecília enfrentasse as consequências da crise causada pela covid-19.  “Nós conseguimos transferir grande parte desse investimento que foi feito exclusivamente para o EAD, para atender também o presencial. Fizemos a migração de  todos os cursos de graduação e também o colégio e os cursos de pós-graduação e mestrados”.

#paraOuvir

Podcast Vidas em Quarentena

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